domingo, 31 de agosto de 2008

Sob-ética

Na rotina do nosso cotidiano, ao nos levantarmos pela manhã e nos relacionarmos com a sociedade, desde o “bom-dia” à “boa-noite” dados à família, vizinhos, colegas de serviço etc, nos deparamos com a questão da ética, porque ela nada mais é do que um medidor da nossa qualificação de conduta em relação aos outros. Igual a uma fita métrica, ela, através de valores morais, mede a quantas andam nossas atitudes, ações, escolhas, preferências e empreendimentos, seja num determinado momento como no contexto de uma vida toda. À primeira vista, essa palavra nos dá uma boa sensação, assim como a palavra “caráter”, tendo como exemplo a frase: “uma pessoa de caráter”. Temos, porém que nos acautelar com os revestimentos ou com as sensações que causam essas palavras, pois elas tanto podem ser utilizadas para o bem como para o mal. Assim como a aspiração pelos valores democráticos e o bem comum são regidos pela ética, o comportamento nazista também o era. O escritor irlandês Jonathan Swift, através das sátiras atribuídas à sua época , referentes aos debates sobre as lutas políticas e religiosas inglesas retratou, de um modo ético a visão que tinha a respeito de tais fatos, através do personagem Gulliver na terra dos houyhnhnms e dos Yahoos, onde aqueles eram cavalos com dotes de grande inteligência e cultura enquanto estes eram meros homens que andavam de quatro. Já em Liliput eram travadas discussões políticas fervorosas sobre “assuntos de alto nível” como a altura ideal dos saltos de sapatos.

Um comentário:

maria da gloria perez delgado sanches disse...

Obrigada pelo comentário. Os valores mudaram - ou mudaram as pessoas?